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Bebês com a cabeça amassada: O que é isso?



Você já notou que nenhum de nós é perfeitamente simétrico? Embora tenhamos boa parte do corpo “duplicada”, raramente nossas metades são iguais. Há, porém, um limite considerado normal para essa assimetria. Um lado bem mais achatado do que o outro, uma orelha mais pra frente do que a contralateral ou mesmo uma assimetria de face que chama atenção de quem olha para o bebê pela primeira vez, são questões que devem ser avaliadas por um médico.

Na verdade, a medicina chama essas assimetrias cranianas de plagiocefalias. A palavra de origem grega significa “cabeça oblíqua”. Isso porque, olhando de cima, se tem a impressão de que a cabeça saiu do eixo e está com o maior diâmetro ligeiramente desviado para um dos lados. Há outras assimetrias com características bem definidas, como a branquicefalia, na qual toda a região de trás da cabeça está “achatada”, e a escafocefalia, caracterizada pelo crânio alongado e estreito.

Porém, a mais frequente é a plagiocefalia posicional, que recebe esse nome por ser causada pelo apoio excessivo em determinada região da cabeça, devido a posição que o bebê fica na maior parte do tempo. Ou seja se o bebê fica muito tempo apoiado em uma mesma posição do crânio, essa região acaba ficando achatada. A cabeça do bebê cresce muito rapidamente durante os primeiros meses de vida e, como consequência qualquer alteração acontece também em uma velocidade incrível. Um torcicolo congênito, uma preferência de rotação da cabeça ou mesmo uma rotina exageradamente rígida em colocar o bebê para dormir sempre na mesma posição podem fazer com que uma criança que tenha nascido sem nehuma assimetria relevante desenvolva uma deformidade crescente nos primeiros meses de vida. A seguir, algumas dicas que todas as mães podem seguir para diminuir o risco dos filhos desenvolverem alguma assimetria craniana:

1 – Alterne a posição em que o bebê dorme. A barriga deve ficar voltada para cima, mas procure rodar levemente a cabeça para um lado em uma noite e para outro lado na noite seguinte. Procure evitar que a criança fique sempre na mesma posição. Se ela se sente atraída por estímulos sonoros, visuais e de afeto que vêm sempre do mesmo lado do berço, inverta a sua posição, colocando os pés para o lado em que ficava a cabeça e vise-versa. Depois de uma semana, inverta novamente.

2 – Evite o uso exagerado do bebê-conforto ou outros carrinhos e dispositivos de transporte. Eles também costumam deixar a cabeça do bebê apoiada na mesma região por tempo demais.

3 – Use e abuse dos cangurus e slings para carregar o seu filho. Dessa forma, ele ficará pelo menos por alguns períodos sem apoiar a parte de trás da cabeça.

4 – Acostume-o desde as primeiras semanas de vida a ficar por alguns períodos com a barriga para baixo, mas apenas quando estiver acordado e sob supervisão de um adulto. Essa posição exercita a musculatura da nuca e também tira o apoio da região posterior do crânio.

O que devemos fazer, porém, quando a deformidade já está presente? Bem, isso depende do grau de assimetria e da idade do bebê, sendo necessária a análise de um especialista. De uma forma geral, é preciso tentar, inicialmente o chamado reposicionamento, que consiste, basicamente, em procurar evitar o apoio da cabeça na região em que se encontra achatada, dando preferência a apoiá-la onde está proeminente.

Não se deve, entretanto, esperar demais caso essas manobras não produzam resultado suficiente. Há um curto período na vida do bebê em que é possível moldar o formato de seu crânio, idealmente, antes da criança completar um ano.

Fonte: Dr. Gerd Schreen é especialista em assimetrias cranianas da CRANIAL CARE.


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